Alaska
Que país incrivel! Lindas paisagem, deliciosa gastronomia e pessoas exepcionais. senti ser o país que mais lembra em casa. a necessidade de cruzar de barco ao panama, por nao existir estrada neste trecho, acabou prolongando a estadia neste belo lugar. de qualquer maneira merece uma página propria para descrever a experiência vivida neste lugar.
Dia 51 - 21/06/19 – Acordo em Ipiales para resolver as exigências colombianas pela manhã. Com o Soat comprado, faltava o colete refletivo obrigatório usar após as 18h e adesivos refletivos com a placa na parte de trás do capacete. Encontrei uma rua com muitas lojas de moto e resolvi tudo com facilidade. Voltei ao hotel e me organizei para saída.
Segui em direção ao santuário de las Lajas. Confesso que ao avista-la de longe, achei suficiente e quis seguir viagem, porem desci até ela que me impressionou! A igreja é linda, rodeada por uma linda paisagem com uma cachoeira ao lado. Os andares inferiores abrigam outra pequena capela e um museu com fotos de sua construção, do povo e uma área religiosa. Conheci tudo e enfrentei a ladeira de volta até a moto.
Daí, pego a rota novamente com minha fiel companheira. Pelo caminho montanhoso como toda região, a rodovia está sempre em manutenção, fazendo com que tenha muitos paros ao caminho. Em um deles, encontro com o deivid e a Marite! A partir seguimos juntos até nosso destino em comum, Popayan. Fizemos 1 parada para retirar a capa de chuva, pois havia aberto o tempo. Foi um dia duro, sem almoçar. Chegamos e segui para um hotel que havia pesquisado antes, pois pelo feriado neste final de semana, não havia mais vaga no hotel em que eles ficariam. Cruzamos pelo meio do centro em uma sexta feira pré feriado.
Parei no meu hostel bem simples que estava vazio, não era um dos melhores. Procurei um estacionamento a meia quadra, e me cobraria 6000 (7 reais) até as 7h e a partir daí por hora.
Saí pela cidade conhecer, famosa por ser a cidade branca. Linda cidade! Construções bem coloniais, estendendo à praça central e realmente, todas brancas. Após uma volta rápida, parei em um pub que vendia hambúrguer e tocava um bom rock. Os novos amigos se juntaram para o jantar. Jogamos conversa fora e fomos todos, muito cansados, a dormir.
Dia 52 - 22/06/19 – Às 7 horas retirei a moto do estacionamento que me cobraria adicional por hora. Ao chegar no local vejo o dono tirando foto em cima da moto. Entreguei 10.000 para pagar os 6.000 que devia e fiquei aguardando o troco. Além do próprio dono não cuidar da moto tive que explicar que o preço acordado era quase a metade. Estacionei em frente ao hotel. Saí para o bonito centro histórico de Popayan. Nesta cidade, as casas coloniais se estendem muito ao clássico turístico sendo todas brancas. Muito bonita a cidade. Comprei o sim card que precisava e saquei dinheiro. Descobri que há limite para sacar no máximo 600mil (735 reais) sendo a taxa fixa por saque. Em busca de comida tradicional na cidade, encontrei um ótimo restaurante, o Mora castilla. Podemos sempre nos surpreender com comidas tradicionais bem-feitas, mas neste local me surpreendi com uma bem preparada e sabor diferente de outros que já conhecia, recomendo a experiência gastronômica!
Organizei a moto e segui com destino o Eje caferero da Colômbia com grande expectativa para conhecer o mundialmente famoso café. Estrada ruim pelo caminho pela quantidade de paros pelo caminho na rodovia que está em duplicação. Alguém que viagem daqui alguns anos, colherá esses frutos. Fui ajudado por um grupo que trabalhavam na borracharia do posto onde parei ver o mapa, que se encantaram com a viagem. Conversamos algum tempo e cheguei à finca El peniel onde passaria a noite. Perguntei por restaurante e havia um ali ao lado. Me organizei e fui jantar quando descobri que ele fecharia as 19. Tive que pegar a moto para jantar na cidade mais próxima, já que o local estava isolado a margem da rodovia. Chegando a Circacia, cidade lotada pelo feriado nacional na segunda feira. Parei a moto em lugar público junto a outras. Jantei rapidamente e fui embora pro hotel descansar.
Dia 53 - 23/06/19 - O plano para este dia seria conhecer os pontos clássicos do eixe cafeteiro e terminar a viagem em uma fazenda onde dormiria. Descubro no primeiro retorno que precisaria fazer, que era dia de uma corrida nacional de bicicleta, na qual a via que tomaria, estaria fechada até as 14 horas. Passei o primeiro policial no retorno que precisava fazer e entrei novamente em Cercacia, em busca de uma alternativa para chegar a Salento que estava a uns 3 km apenas. Sem sucesso, peguei o caminho de volta a rodovia, que em outro ponto, havia outro policial na pista oposta. Parei a moto e fui conversar, conseguindo fazer uma conversão proibida e tentar chegar a entrada para Salento. É claro que se outro aparecesse, teria problemas, porem perder todo o dia, me parecia um grande problema também.
Consegui! Atravessei a pista dupla ao outro lado e segui junto as poucas bicicletas pela pista que estava fechada. Meu argumento foi apontar para outras motos que seguiam. Perguntei a uma delas, e também tinham medo de encontrar outro controle policial. Segui e cheguei na entrada a Salento. Nesta entrada, de longe bloqueando o outro lado, um policial me viu tão rápido quanto eu acelerei. Estava na estrada para Salento, sem bloqueio e segui.
Segui direto ao valle del cocoa, famosa pela beleza no eixe cafeteiro. Chegando lá, parei em um estacionamento para motos, porem o vigia veio dizer que não poderia ficar ali pois minha moto era muito grande. O local era extremamente turístico, já cheio logo cedo, com tudo o que não gosto. Reavaliei os pontos turísticos da caminhada de 3 horas com pequenas cachoeiras e rios, nada surpreendente em relação ao que tive nos últimos dias e com a lotação do feriado associada. Desisti imediatamente sem a menor dúvida, e para não perder a viagem, tomei um expresso com ceviche de desayuno no melhor local da região. Segui de volta decepcionado com o ceviche colombiano, na esperança da estrada liberada e com destino a Filandia. Chegando na estrada ainda estava fechada. Parei no restaurante para esperar mais 2 horas. Havia apenas sobremesas locais o que se transformou no meu almoço. Muito simpáticas atendentes e após informações, peguei meu computador para fazer a trabalhosa atualização destes textos.
Ao liberar a rodovia, o enorme transito de todos que sofriam como eu. Aguardei 20 minutos para desafogar e segui. Após muito transito para chegar em filandia, me deparo com outra cidade muito bonita, turística e lotada. Tiro uma foto e sigo rumo meu destino final.
Quase chegando no destino, começa uma chuva, me obrigando a parar. Acabou sendo uma parada oportuna pois passava o jogo da Colômbia contra o Paraguai, onde parei para assistir. Que sede de cerveja, mas pedi uma Pepsi e empanadas. Sem melhora do clima, coloquei a capa de chuva e segui viagem no segundo tempo. Cheguei a entrada para a fazenda Venecia que era meu destino, ainda a tarde. Ali almocei uma truta pois não havia expectativa de jantar no hostel. Desci no hostel e me estabeleci. Lugar lindo! Tudo o que precisava, pois era o único no hostel, em um lugar tranquilo e isolado. Tudo que passara no dia estava compensado. No jantar, reforcei o almoço com um doritos e cerveja. Fui dormir.
Dia 54 - 24/06/19 – O dia na Hacienda Venecia foi demais. De manhã após o café da manhã simples, com muito café bom, segui para o tour de café. Em um grupo com cerca de 25 pessoas aprendi muito sobre café. Como comentei com o guia, para que é ignorante, um tour básico destes e muito interessante. Almocei uma truta delivery igual à do dia anterior. Neste intervalo, lavei minha moto e segui para o tour do cacau, que igualmente ao café, aprenderia o básico de chocolate. Deslumbrado pelos tours, fiquei o restante do tour conversando com o guia e uma importadora de café que visitava a fazenda a negócios.
Ao voltar ao hostel e após o banho, tomo cervejas deitado em uma rede, que vida! Pela noite preparo a pizza que havia encomendado pela tarde. Como toda até atropelar o ponto de gula, encerrando um dia incrível.
Dia 55 - 25/06/19 – Que vontade de ficar mais um dia, um mês ou morar por aqui mesmo. Devo seguir como o fiz. Meu destino inicial seria Bogotá, porem inversamente proporcional às recomendações de Bogotá, me recomendaram Medellín. Segui para a última, conhecer a cidade palco da era Pablo Escobar. Trajeto semelhante aos outros com muitos paros e muitas curvas, extremamente cansativo. Não resisti e parei no caminho comer uma porção de costelano chão que serviam pelo caminho. Chegando me sinto em São Paulo com porte de cidade enorme. Entro na “marginal” onde entro no clima motoboy e sigo até o hotel que havia pesquisado com preço econômico. No caminho, encontrei uma loja da pirelli e parei perguntar o preço, e enquanto aguardava, vi uma loja Michelin a frente. Na sequência fui orçar, onde fui muito bem atendido pelo dono e uma simpática funcionaria, que apesar de terem apesar de terem apenas para carros, fizeram a busca por toda cidade do produto que precisava, sem nada em troca. O dono era também motociclista e tinha uma gs 1200 2006. Fui a nova loja recomendada por eles, onde o preço estava ótimo. Fiz os orçamentos e fui ao hotel para comparar com os que teria pelo caminho. O hotel ficava no meio do centro de uma cidade enorme, e como esperado, todas mazelas ao redor. Consegui um bom estacionamento no meio da sala de estar do local e havia um restaurante simples anexado ao hotel. Achei o suficiente e fiquei por ali mesmo. Tomei 1 cerveja no bar vizinho e jantei um ótimo PF no restaurante.
Dia 56 - 26/06/19 – No dia seguinte, saquei dinheiro, recarreguei o celular e fui comprar os pneus, que me pareceram um ótimo negócio. Comprei um par de pneu e as pastilhas traseiras que devem acabar pelo caminho. Meu objetivo e deixar o máximo possível para trocar nos EUA, onde os preços são os melhores. Tudo comprado, voltei carregando até o hotel. Segui para os pontos turísticos de Medellin caminhando, ponto positivo da localização duvidosa que estava. A praça principal e linda porem estava fechada para um evento internacional. O museu também é muito interessante com muitas obras de Fernando Botero nas quais, eu sem conhecer de arte, gostei bastante.
Peguei um metro que me apresentou uma boa parte de Medellin e cheguei na região de El poblado, onde buscava a famosa região de bares. Caminhei minha referência que era a calle 10 e não vi tantos quanto esperava. Parei no que parecia melhor chamado mondongo. Pedi a cerveja e enquanto aguardava, o Álvaro que conheci pelo Instagram e me ajudava na Colômbia desde que cheguei, recomendou um prato típico no restaurante que estava. Mudei os planos de beber e comer pouco, e pedi o prato. Que delícia! Torresmo, carne moída, frijoles e banana frita chamada de bandeja paisa, que entrou na minha lista de preferidos.
Quando fui andar para fazer a digestão, encontrei El parque Lleras, que era o lugar que buscava! Muitos bares, lugar lindo colorido e animado apesar de vazio e dia ainda. Parei no bar que passava um jogo do Super rugby e empurrei algumas cervejas no espaço entre a bandeja paisa.
No início da noite, Deivid e Marite me encontraram para uma cerveja em um pub pela região. Mudamos de bar pois acabara a cerveja sem álcool do Deivid que dirigia. Jantamos no próximo bar e eles me levaram de volta ao hotel onde nos despedimos. Que casal magnifico, adorei conhece-los.





Dia 57 - 27/06/19 – Medellin tem uma história muito interessante na relação com Pablo Escobar. Como relatado pela Marite, metade o odeia e metade o ama. Coordenou muitos assassinatos e atentados terroristas atingindo, muita gente próxima, como marite contou que trabalhava coma artesanato e explodiu uma bomba na feira onde morreu o ambulante que vendia suas artes. Chegou a suprir 80% da demanda mundial de cocaína criança a fama que a Colômbia carrega até hoje. Minha experiência em relação ao assunto, vejo o exército na estrada extremamente amigável e vejo o país combatendo fortemente o narcotráfico com publicidade, com todos hotéis com placas proibindo e com ações efetivas de revista nas estradas. Fui parado uma vez, sem me sentir acuado nenhuma vez, e como disse, são extremamente amigáveis e ficavam mais interessados na viagem do que na revista.
Segui neste dia para Puerto Boyaca, cidade desconhecida, porem Deivid conseguiu contato com um hotel que me cobraria apena 25.000 pesos (30 reais). Achei uma localização ótima pelo planejamento do dia, que seria conhecer El peñol e la hacienda Venecia. Sai um pouco tarde por volta das 11h tomado pela preguiça e cheguei até El peñol com desvio total de umas 3 horas do caminho que faria ao destino final. A pedra é um ponto turístico grande e rendeu boas fotos com boa vista da região que é muito bonita, rodeada do que me parece uma represa que também fornece muitas atividades.
Segui ao destino final, passando pela hacienda Venecia, famosa por ter sido a casa de Pablo Escobar, onde importou diversos animais como girafas, hipopótamos e outros. Tinha também um avião na sua entrada. Hoje se transformou em um enorme parque de diversão. Recentemente vi em notícias locais a implosão de um edifício que ele comprou como “base” em Medellin. Estão apagando a história deste personagem que deixou uma enorme cicatriz em toda Colômbia.
Chegando ao destino, o hotel no segundo andar atendia o básico, inclusive com ar condicionado, extremamente necessário na cidade muito quente. Deixei a moto em um deposito da loja inferior e segui rapidamente para ver o jogo do Brasil contra o Peru. Pro segundo tempo mudei do boteco inicial, para um restaurante melhor onde jantaria. Brasil ganhou e encerrei minha noite.
Dia 58 - 28/06/19 – Desperto cedo para enfrentar a longa rota. Tudo arrumado então sigo rota depois de um pequeno tombo saindo da garagem. Mais um para coleção. A rota começa pista dupla inicialmente e continua boa, com apenas 2 paros e alternando com pista simples, o que me permite cumprir os 700 km em 1 dia. Chego em Santa Marta por volta das 17 horas em busca de hostel. Era sexta feira de feriado prolongado e percebi uma mobilização fora do comum com todos com a camiseta da Colômbia, era o jogo contra o Chile pelas quartas de final. Um pedestre me alertou que estava proibido circular de moto desde as 16h, e eu estava arriscando apreender a moto. Já perto do hostel, parei no primeiro estacionamento que encontrei. Não parecia muito seguro, mas não tinha opção. Tive que negociar um preço pois quando veem minha moto, querem cobrar o mais caro. Segui até o hostel que já havia pesquisado e estava lotado. Me indicaram um outro onde havia vaga. Fiquei no sierra hostel, que era bom, com bom ar condicionado por 35 mil pesos em quarto de 8 pessoas, que somado ao estacionamento me daria quase 50 reais. Deixei a roupa para lavar depois de um dia muito quente em que soei muito. Fui ver o jogo inicialmente em um boteco que estava mais perto e depois em um lugar suspeito de ser casa noturna onde o Chile ganhou nos pênaltis. Não era casa de moças no final das contas, as baladas por aqui têm um gosto exótico de luzes coloridas. Tomei mais uma cerveja em outro bar após passear pela região lotada de pessoas, bares e baladas, jantei um subway e fui dormir.
Dia 59 - 29/06/19 – Acordo depois de um boa noite de sono no hostel com ar condicionado e pouca gente no quarto. Tomo café da manhã ao lado, recebo a lavanderia e me mudo para o Masaya, supostamente melhor hostel e mais barato. Paguei 10 mil a menos na esperança de uma melhor estadia sem sucesso. Durante o dia curti uma piscina e fiquei bebendo por lá mesmo, saindo apenas para um almoço mais barato em outro lugar. Reservei meu mergulho para o dia seguinte. Pela noite, tomei uma cerveja em um bom lugar onde pedi a comida e erraram o pedido, me obrigando a mudar e jantar uma pizza a frente. Fui dormir na longa noite com ar condicionado que não dava conta do quarto de 12 pessoas e gente chegando e saindo para balada até de manhã. Longa noite e já esperada na verdade, eu deveria ter me planejado melhor, pagar menos as vezes sai caro.
Dia 60 - 30/06/19 – No dia seguinte decidi mudar novamente de hostel para outro que apesar do mesmo preço tinha estacionamento próprio. Cedo já retirei todas minhas coisas, fiz o checkout, deixei as coisas no locker e fui para o mergulho. Na agencia conheci o sebastian, divemaster que iria comigo. Ótima pessoa, tranquilo e muito simpático. Pegamos um taxi até o porto em Taganga e entramos no barco. Fomos em direção ao parque nacional Tayrona e fizemos o primeiro mergulho. Confesso que fazia 3 anos a última vez que mergulhava, então fui lembrando das coisas, mas sem dar muito trabalho. A verdade e que certificações de avançado, número de mergulho e etc. não significam muito se não tem uma certa constância no esporte. Muito importante ser humilde, ainda mais em esportes que há riscos e muitas pessoas arrogantes. Primeira imersão foi ótima! Muita vida e muito colorida na região caribenha. Nosso intervalo foi em uma pequena praia para lanche enquanto a lancha levava de volta um francês que passou mal. Fomos ao segundo mergulho igualmente bom. A experiência de mergulhar é incrível! Que saudade. Morri de vontade de agendar o próximo, mas vou distribuir melhor o dinheiro para os muitos outros pelo caminho. Almocei antes de voltar ao hotel no PF barato que tinha achado no dia anterior e muito gostoso. Retirei minhas coisas, peguei a moto, e parei rapidamente em frente ao hotel para carregar o que me faltava na moto. Carregar tudo ao estacionamento com sol e temperatura a 36 graus e muito sofrido, e por isso passo esses apertos para minimizar outros. Carreguei tudo e na correria a moto tomba mais uma vez ao lado. Desta vez quebrou parte da alavanca da embreagem, o que me chateia um pouco. Entenda que as quedas que são até que frequentes, não ocorrem por displicência ou indiferença. A moto realmente está pesada, e não e fácil segurar 300kg, de uma moto que é alta para mim em diferentes situações que sou submetido. Me chateia cada vez que ela vai ao chão, tenho grande carinho pela minha companheira.
Segui ao outro hostel e me estabeleci. Esse achei bom preço (25 mil / 30 reais), coma vaga de moto o que economizo 7mil e ar condicionado que funciona. O quarto tinha apenas 1 pessoa. Fui para piscina e fiquei tomando cerveja e atualizando tudo que estou muito atrasado. Teria naquela noite uma festa de aniversário do dono do hostel, então montou uma melhor estrutura de balada. Sebastian, o divemaster veio ver a moto, já que ele também adora longas viagens. Compartilhamos algumas cervejas e ele me deu o contato pois conhece muito de mergulho com bons contatos na região caribenha. Jantei em um restaurante perto, por bom preço. Fui dormir
Dia 61 - 01/06/19 – Acordei bem-disposto no dia seguinte, com o pessoal da balada ainda fervendo na piscina, porém sem incomodar no quarto. Desconfio que estava todos regados a cocaína, diante de tamanha energia. Organizei minhas coisas e fui de moto destino parque nacional Tayrona. Segui até a entrada sem problemas e ali paguei aproximadamente 100 reais para entrar e estacionar. Economizei 5km de caminhada indo de moto até o estacionamento, e daí segui mais 1h e 5 min até o destino final. Caminho passando por diversas praias, muitas que não se pode entrar pelo risco de afogamento. De fato, muitas ondas, e as que podem entrar são somente as que estão protegidas por barreiras de corais. Fui até a última que se chama cabo san juan, famosa por ter uma construção entre 2 pequenas praias. A praia de fato e linda apesar de muito cheio, principalmente pelo feriado. A construção em cima da uma bela vista aérea com algumas redes para relaxar. Há também espaço de camping para dormir por ali, porém muito caro. Aproveitei por volta de 1 hora por ali tirando foto e descansando na agua. Organizei minhas coisas e tomei o caminho de volta mais lentamente tirando fotos pelo caminho. Parei pela praia lá piscina que estava mais vazia, com agua mais clara e calma. Fiquei ali no mar um bom tempo até voltar novamente. Na volta, queria tirar foto de umas saúvas que cruzavam o caminho porem peguei a trilha errada que era usada pelos cavalos. Cheguei igual porem perdi a foto. Segui então de volta ao hostel
Chegando ao hostel, voltei para a cerveja e piscina que estavam mais calmos passando a festa do dia seguinte. Jantei um hambúrguer no hotel e reforcei no mesmo lugar do dia seguinte, pois não havia almoçado. Dormi confortavelmente até o dia seguinte.
Dia 62 - 02/06/19 – Sem hora para acordar enrolo até por volta das 11horas quando começo a organizar as coisas. Tomo um café da manhã rápido perto do hotel e sigo destino Minca. A cidade na verdade é muito pequena e perto de Santa Marta. Paro para almoçar em um árabe onde peço uma salada e 2 kibes, melhor comer um pouco melhor de vez em quando. Sigo para a casa elemento, hostel muito famoso. O caminho é uma estrada de terra bem sofrida! Vou o trecho inicial e paro em uma cachoeira pedir informações do trajeto adiante. Os guias se dividem se deveria seguir ou não, já que uma chuva aponta na serra. Desisto de conhecer a cachoeira para tentar chegar ao local. Um valor que carrego comigo desde sempre, seja para bem ou mal e a teimosia. Fui indo até chegar, apesar de muitas vezes achar que deveria voltar. Ajudei no trajeto um grupo de israelitas que alugavam motos no hostel que estava. Haviam me visto desde Montañita. Um deles estava com a moto caída e quando perguntei se precisavam ajuda disseram que sim. Parei meus 300kg e ajudei com o maior prazer. Aliviei vendo que eles também sofriam com motos menores. No trajeto, passei por um banco de areia que me jogou a direita em direção a um abismo, e com forca joguei a moto a esquerda sem medo de cair. Caí para o lado certo, ufa. Não sei porque, talvez os pneus a mais, foi muito difícil levantar a moto desta vez. O israelita ofereceu ajuda de longe mas disse que estava tudo bem, em geral não gosto de incomodar e geralmente me resolvo. Consegui na terceira tentativa apenas, com abismo de uns 15 m ali do lado. Chegando no hostel, encontrei os guias que trabalham levando e trazendo turistas neste lugar famoso e inóspito de acesso, onde interagi, tirei toda curiosidades que carregavam, agradeci pela ajuda informação e estacionei para me estabelecer.
Imediatamente dei um mergulho e matei uma cerveja como fosse agua. Passei o fim da tarde atualizando textos e me surpreendi com o vídeo da queda, foi por pouco mesmo.
Fui tirar algumas fotos do belo lugar rodeado de paisagens. Assim que terminei, abri uma cerveja, pois era dia do jogo Brasil contra Argentina pela copa américa. Aguardei o restante do tempo fazendo o habitual no computador. Aproximando do horário do jogo, fui me estabelecendo na televisão que passaria, interagindo com o pessoal que assistiria. Começou o jogo e estávamos todos lá com a televisão falhando com muita frequência. Me juntei aos funcionários do hotel que saíam e com os que trabalhavam em uma construção em outra parte do hotel e fomos para outro local escondido, porem com um restaurante local onde passava o jogo. Ali se juntou a nós as 2 argentinas que se hospedavam no hostel. Nosso time abriu e fechou o placar eliminando los Hermanos. No fim do segundo tempo acabou a cerveja e sugeri uma bebida aos companheiros que torciam para a seleção. Foram buscar uma aguardente e terminamos o jogo bebendo doses da mesma. Voltamos todos ao hotel com a garrafa terminada antes de chegar. Ficamos por aí extremamente bêbados dando risadas até deitar e dormir.
Dia 63 - 03/07/19 – Acordei com uma bela ressaca pela noite anterior animada. Tomei muita agua que era oferecida gratuitamente em uma torneira potável do hotel. Me recusei a gastar 20 reais por um omelete e apesar de destino indeterminado, decidi seguir de volta para Minca, pois me preocupava com o trajeto de volta. Nesta volta parei pela cachoeira de Marinka que apresenta 2 quedas com uma piscina na última porem muito cheia. Dei um mergulho amenizar o extremo calor e voltei para o estacionamento onde havia parado um bom tempo para decidir se seguia ou não para a casa elemento. Voltei para Minca, e na verdade, a volta foi muito tranquila e sem intercorrências. Chegando a Minca, parei na cafeteria da ida e apreciei mais um café local de qualidade por uns 4 reais. Conectei à internet e decidi seguir para Barranquilla, já muito próximo a Cartagena. Segui de ressaca, mas tranquilo, pois a distância era curta. A temperatura alta me torturava junto ao sol, exigindo mais paradas. Chegando em Barranquilla segui ao hotel que havia pesquisado previamente e nesta, fui parar ao caótico centro da cidade. Reavaliei se seguiria para outra cidade fugir do caos ou se deveria tentar me estabelecer por ali. Por fim, me direcionei para sair da cidade na esperança que algum hotel me parasse pelo caminho, o que aconteceu. Ainda pela tarde e já estabelecido, fui almoçar e aproveitei para sacar dinheiro pois me esgotava a moeda física. Voltei e fiquei descansando no computador até pegar no sono.
Dia 64 - 04/07/19 – Barranquilla era uma cidade de passagem, e, portanto, peguei estrada por volta das 11h. Parei pelo caminho pelo vulcão de lama Totumo, e me decepcionei assim que vários me abordaram tentando vender coisas e perguntar da moto. Dei meia volta e segui viagem para Cartagena onde já tinha hotel reservado. Entrada tranquila pela cidade e cheguei no hotel. Encontraria com a Isabela pela noite.
Pela tarde, fui resolver todas pendencias para que tivesse os dias seguintes tranquilos, de descanso em boa companhia. Separei toda roupa suja e mandei lavar; saquei dinheiro; procurei pelos passeios turísticos para os dias seguintes; almocei; fiz mercado de coisas como agua; arrumei toda bagunça que me acompanha em uma longa viagem de moto; guardei a moto; jantei e comprei jantar para Isa que chegaria tarde. A encontrei, tomamos um vinho e dormirmos.
Dia 65 - 05/07/19 – Hoje era o dia que percorreríamos o centro histórico de Cartagena. Iniciamos pelo castillo de San Felipe. Bela construção bem preservada e bem organizada. Cartagena têm uma enorme história desde o “descobrimento” das Américas. Cartagena sempre foi uma cidade rica, inicialmente por um tesouro encontrado das civilizações antigas que enterravam seus queridos com todas riquezas que tinham e depois pelo polo comercial que se tornou na época da escravidão. Tem sua história marcada por inúmeros ataques piratas, seguido pela disputa pelas grandes potencias colonizadoras como Inglaterra e Espanha e por fim, marco inicial do processo de independência da Colômbia. Sua história manchada de sangue fez com que construíssem castelos e murassem parte da cidade. Hoje sua beleza serve ao intenso turismo na cidade. O Castillo tem enorme importância na história da defesa da cidade. Seguimos para cidade murada onde está o centro turístico, com muitos restaurantes e lojas. Rodamos toda ela parando para um brunch por volta das 17h, como adora tanto a Isabela. Pôr do sol foi no topo da cidade murada no famoso café del mar. Lugar lotadíssimo. A Isa conseguiu um ótimo lugar ao lado de um canhão com vista para o para o do sol. Pedimos uma garrafa de vinho. Fomo inundado por turistas para tirar foto ao lado do ótimo lugar que tínhamos conseguido, e fomos interrompidos pela gerente pedindo para que 2 senhoras sentassem na nossa mesa, o que autorizamos. Ainda estávamos sem a garrafa depois de 40 minutos. Avisamos o garçom e fomos embora buscar um banheiro pois tive problemas gastrointestinais pela tarde. Pegamos um taxi e voltamos.
Pela noite, jantamos em um restaurante que já havia pesquisado com boas opções vegetarianas. Tomamos mais algumas até voltar exausto e dormir.
Dia 66 - 06/07/19 – O passeio iniciava as 8 horas nos obrigando a acordar cedo. Tomamos um café da manhã reforçado e saímos pontualmente para o passeio. Paramos pelo porto turístico onde tomaríamos o barco. Aguardamos em uma enorme fila, onde aproveitei para enfim comprar um óculos de sol, desisti de continuar sofrendo. Tomamos o barco que na verdade era uma lancha rápida. A Isabela começou a sofrer do meu lado que passou ao longo da viagem que na verdade estava tranquila. Ela tem uma fobia de tudo que envolve mar desde alimentos até o barco que da maneira que estava, talvez fosse o pior. Chegamos a ilha e nos estabelecemos em uma cama em frente ao mar, um pouco afastada da muvuca, perfeito.
Entre um drink e outro, almoçamos e voltamos para o barco. Para me ajudar na terapia de volta da Isa, me aparece 2 tubarões brigando na superfície, um pouco afastado porem visível. Ventava mais e prometia ser pior a viagem, o que de fato foi.
A Isa não enfartou e ao chegar pegamos um taxi para o hotel. Fomos para a piscina aproveitar o final da tarde. O stress da viagem foi vencido por alguns drinks e um belo pôr do sol.
Pela noite, jantamos um bom árabe perto do hotel que reforcei em outro lugar com um pedaço extra de pizza.
Otíma companhia, bom descanso, energias recarregadas.
Dia 67 - 07/07/19 – Ótimo dia programado para preguiça! Saímos da cama no limite para aproveitar o café da manhã e voltamos para ela imediatamente. Daí fomos para a piscina, onde ficamos por toda tarde regado a uma garrafa de vinho branco e cerveja. Por volta das 15, a Isa foi ao banho e dormir enquanto eu fui para o bar assistir a grande final da copa América entre Brasil e Peru. Assisti em uma churrascaria regado a Paulaner e uma porção de linguiça artesanal, mas pelo péssimo serviço, mudei para outro mais regional. Quando acabava, pedi uma bandeja paisa, meu prato preferido na Colômbia, que estava ótimo. Nos estendemos na preguiça e ao anoitecer, nos arrumamos e seguimos para o centro histórico onde jantaríamos. Passeamos pela noite que muda seu aspecto com as luzes. Procuramos por restaurantes, porem estávamos ambos cheios do almoço tarde. Depois de rodar muito paramos em um bar localizado em um belo local no baluarte de San Francisco, onde paramos para um drink. Fomos embora para dormir.
Dia 68 - 08/07/19 – Último dia da Isabela que partiu por volta das 11 horas, sempre muito bom encontra-la para matar a saudade. Que bom que tenho essa companheira para o resto da vida, que me apoia neste meu importante projeto pessoal. Também começo a me organizar para fazer um downgrade de hotel, para algum mais barato. Encontrei o Castillo del Marquez em outro bairro chamado de Manga. Este bairro foi o lugar onde moravam as pessoas importantes e está cheio de casarões, como o hotel que me hospedaria. Encontrei exatamente por ser amplo com grande estacionamento onde poderia trocar os pneus facilmente conforme planejamento para os dias seguintes. Infelizmente o ar condicionado só funcionava pela noite, então passei calor a maior parte do dia.
Ao chegar no hotel e me estabelecer no último andar de uma triliche, fui em busca de espátulas que são itens essenciais para conseguir trocar o pneu sozinho. Rodei muito desde grandes lojas até toda a rua onde vendiam peças de moto e ferramentas sem encontrar. Voltei ao hotel para descansar e refrescar de tanto calor que havia passado no dia. Tomei uma ducha e fui tomar uma cerveja no bom bar que havia no hotel com simpáticos atendentes. Fiquei por aí até o horário de ligar o ar condicionado por volta das 20:30. Pouco antes eu saí para comer algo antes de dormir. Encontrei um schwarma de carne de porco. Fui para o quarto já refrescado e fiquei no computador até dormir.
Dia 69 - 09/07/19 – Acordei sem muita pressa e tomei o café da manhã no hotel. Fui em busca da espátula um pouco mais tarde e pelo horário, aproveitei para almoçar uma bela bandeja paisa pelo caminho. Voltei ao hotel, assisti uns vídeos e acabei indo direto trocar o pneu, o que na verdade não sei como por tamanha quantidade de comida. Posicionei a moto e comecei, tudo lentamente para não esquecer etapas e organizar para não perder nenhuma peça. Retirei a roda e troquei a pinça do freio traseiro que já havia acabado. Procedimento muito fácil, poderia tê-lo feito antes. Na sequência fui para retirar a roda do pneu, que foi muito trabalhoso com tamanho esforço, sempre tomando cuidado para não danificar o sensor de pressão do mesmo. Retirado, teria um maior trabalho para colocar. De fato, foi muita força por muito tempo, de diferentes maneiras e sem sucesso. Por fim, o levei até o borracheiro mais próximo, que executou o serviço com facilidade utilizando a máquina. Ao voltar, terminei rapidamente o que faltava, tomei um banho e voltei para cerveja. Hoje decidi comer um ótimo hambúrguer no mesmo lugar. Assim que ligou o ar condicionado, assistir stranger things que me estendeu até a madrugada.
Dia 70 - 10/07/19 – Acordo mais tarde pois esqueceram o ar ligado até um pouco mais tarde. Perdi o café da manhã sem problemas, e segui buscar o café da manhã. Encontrei um afogatto que o substituiu perfeitamente pelo calor. Voltei para moto começar a troca da roda dianteira, que desisti de carregar pneu extra apesar de achar que aguentava um pouco mais. No planejamento inicial que tomei tempo para evitar problemas, percebi que me faltava uma chave 12 para retirar o freio. Fui até a borracharia que trocaria o pneu já negociar e pedir a chave emprestada. Voltei com a chave e descobri que na verdade era a 13. Peguei a moto e fui pessoalmente lá pois já poderia trocar ali mesmo. Chegando lá, troquei as chaves e descobri que havia esquecido o pneu novo para trocar e o traseiro para descartar. Voltei de moto com a chave para trocar no hotel mesmo. O calor era muito, e afeta a concentração pois está sempre incomodado. Desmontei a roda dianteira sem dificuldade. Peguei a roda com os outros 2 pneus e tomei um carrinho taxi puxado por uma bicicleta por 6 mil pesos. Chegando lá, fiz a troca do pneu e descartei os 2 antigos. Voltei carregando a roda montada. Montei ao chegar no hotel também sem intercorrências. Há um medo e um certo tabu quando a isso, porem é um procedimento simples.
Após um banho, voltei ao bar ainda de dia para atualizar tudo no computador. Me sentei em uma mesa e enquanto “trabalhava” conheci um colombiano que também viajava em moto menor e ficamos conversando. De repente, a dona do hostel com um pessoal começaram a servir um monte de comida na mesa ao lado e me convidaram para jantar, que aceitei. Um chef de cozinha texano e sua esposa estavam cozinhando pela tarde para os amigos em geral, e nos juntamos a eles. Agradeci pelo jantar e pra falar a verdade não acabei interagindo muito pois conversavam muito entre si. Voltei para meu computador e consegui adiantar bem meus textos, porém ainda pendente de atualizar vídeos, que não o faço desde que cruzei os andes. Voltei ao ar condicionado e terminei de assistir Stranger Things.
Dia 71 - 11/07/19 – Escuto um “pi pi” logo de manhã e sou empurrado para fora da cama pelo calor no quarto. Tomo o café da manhã no hotel começo a organizar todas as coisas pois neste dia eu embarco a moto. Me desfiz do galão de gasolina, de algumas meias a mais algumas ferramentas que descobri serem inúteis e tudo que possa ser descartado. Já havia deixado muitas coisas com a Isa que voltou com mochila cheia. Carreguei a bateria e descarreguei dados de todos aparatos eletrônicos. Fiquei muito satisfeito com a praticidade da minha nova organização. Deixei apenas uma mala com as roupas para estes dias extras sem a moto e no bauleto vazio, deixei as roupas da moto para embarcar junto com a moto. Deixei algumas roupas para lavar também. Tudo organizado ainda antes das 13h e liguei para todos da família.
Sai perto do horário pois me hospedei a 400m do local de embarque. Chegando lá, conheci um alemão que também aguardava para embarcar. Apareceu o capitão para que embarcássemos a moto. A moto menor foi primeiro e me impressionei com o pequeno bote que levaria aminha que era muito maior e mais pesada. Alguns minutos de ansiedade por ali e chegou minha vez de embarcar. Tirei o top case conforme pedido pelo capitão e fomos colocar no barco. Deu uma empacada na parte de baixo pelo tamanho avantajado até que entrou no barco. Carreguei os acessórios que já deixaria no outro barco que guincharia a moto. Saímos com a moto flutuando no bote. Que medo de que fosse ao fundo do mar e acabasse minha viagem por ai! Chegamos ao veleiro incrivelmente grande e começaram a preparar para levantar a moto por um guincho. Que medo de estourar a corda! Quando desceu ao deck me aliviei e começaram a amarra-la para estabilizar. Acabou o medo.
Voltei a terra e deixei todos meus documentos com a tripulação pois a marina se encarregaria de todo processo. Um pouco de medo novamente de deixar tudo de grande importância aos cuidados de outros. Peguei apenas o passaporte antigo para que tivesse algum documento.
Segui caminhando em direção ao hotel quando fui abordado por um senhor de uns 50 anos, me chamando de senhor rodrigo, e se apresentando como amigo do capitão Ludwig e que havia me conhecido em uma ilha que visitei (será?). Apresentou uma história de que sua filha tinha uma doença, estava internada, ia operar, e precisava de sangue B- e que para isso ele precisava de dinheiro. Como me cheirava a golpe, me recusei e segui ao hotel. Deixei as coisas e fui almoçar a bandeja paisa pois em breve me despeço da Colômbia. Recuperei minhas coisas no hotel e decidi mudar em busca de um hotel mais fresco e uma piscina, já que não preciso mais de estacionamento.
Segui em direção à famosa rede Selina, que de fato sempre está bem localizada, boa aparência e bons serviços. Chegando na recepção me lembrei que havia deixado os documentos no barco, carregando apenas o passaporte antigo. Me exigiram o carimbo de entrada no pais como todos outros e eu não tinha. Liguei para o capitão para solicitar, quem me avisou que voltaria ao barco em 2 horas. Deixei minhas malas em lugar seguro e segui para o bar, aguardando que me chegasse uma foto do documento. De volta ao computador que tem sido a companhia na viagem tomando uma cerveja até chegar o documento que chegou junto com o delivery da lavanderia que me dispus a pagar um pouco a mais.
Enfim o banho para refrescar e iniciar a noite. Mais um daqueles dias em que o seguinte está livre liberado para beber à vontade. Fui dar uma volta pela cidade murada, que fica muito próxima do novo hostel. Me entediei rapidamente com os vendedores e os altíssimos preços. Amanhã farei uma boa refeição, porem para hoje prefiro beber. Comprei uma cerveja do ambulante na rua e voltei para o hotel. Que falta me fez a Isa como companhia. Que solidão bateu.
Voltei ao hotel onde tomaria minhas cervejas e encerraria minha noite. Aproveitei a conversa das meninas do lado que passaram pela américa central e tirei minhas dúvidas quanto a segurança nos países que me dirigia. O consenso me tranquilizou quanto a El salvador e manteve alerta sobre Honduras. Descobriremos. Pedi um hambúrguer e na sequencia fui dormir.
Dia 72 - 12/07/19 – Boa noite de sono, sem despertares no quarto de 10 pessoas, a uma agradável temperatura sem hora para desligar o ar condicionado, o que permitiu uma hora a mais de preguiça após acordar. Sai para tomar café na famosa rede Juan Valdez aqui por perto. Voltei ao hotel e fui para piscina terminar textos e atualizações. Acreditava ter muitos dias livres em Cartagena porem até agora todos foram muito ocupados reorganizando a moto e deixando tudo pronto para próxima longa etapa. Fiquei muito satisfeito pois me desfiz de muita coisa e estou muito mais prático para viajar. Precisamos de muito menos do que acreditamos, visto que sai com uma bagagem que cada vez tem diminuído mais e no momento, não sinto mais falta de espaço nos baús que carrego. Talvez volte a ter problema quando precisar reforçar as roupas de inverno, veremos. Gastei o resto da minha tarde fazendo mais um vídeo, alternado com banhos na piscina até anoitecer. Até sai um pouco passear pela cidade murada, mas nada muito interessante e valor mais alto. Voltei e fiquei no hotel, desta vez já empolgado com o vídeo que estava quase pronto. Depois de algumas cervejas e um hambúrguer, ficou pronto! Adorei o resultado final, estou evoluindo na edição. Fui dormir quando começava a encher a festa, pois no dia seguinte pegaria o barco.