Patagônia
subindo de volta para casa, surge oportunidade de mergulho em águas patagônicas. Neste trecho, sem duvida, me impressiona a hospitalidade argentina.
dia 33 - 18 de fevereiro de 2016
450.2km rodados em 5:30. Sigo sentido puerto madryn, estrada de novo monótona já mais afastada da costa, mantendo mesma paisagem. Pneu foi acomodado provisoriamente em cima das malas, as custas de uma fixação pior do galão de combustível extra que carrego (tive que usar um dos extensores). Apenas uma parada para reajuste porque a primeira posição não tinha ficado boa. Final do trajeto encontro o Cristian Huidobro Del Fierro que almoçava em uma estacao de serviço, seguimos juntos a parte final, a qual começou chover. Ao chegar, nos acomodamos em um hostel compartido, muito bem recebidos pelo dono muito simpático. Estacionamos a moto ai para uma cerveja no final de tarde. Aproveito também para fechar o mergulho no dia seguinte. Jantar em um tenedor libre com marisco, frutos do mar churrasco e tudo mais, merecido pelo dia todo praticamente em jejum.
Programacao dia seguinte e ficar um dia parado em puerto madryn.
Dia 34 - 19 de fevereiro de 2016
Dia em puerto madryn. Cidade praiana muito simpática, a que mais gostei na região. Acordo as 6:30 para a saída de mergulho. Encontro polo que acordou mais cedo ainda e veio de trelew para mergulhar com os lobos também. Estava frio pela manha apesar da previsão ser de dia quente. Após todas preparações saímos para o mergulho. Seriam 2, um com lobos marinhos e outro em um naufrágio, ambos em pequenas profundidades.
O mergulho com lobo foi um tanto decepcionante, pois não havia tantos no dia. Vimos 1 que passou 2 vezes pela gente e se foi definitivamente. O naufrágio foi interessante apesar de raso, pois tem um tipo diferente de vida subaquática, mais característico da patagônia. Alem disso entramos no naufragio, o que não se pode fazer em todos sem curso adequado.
Voltando a costa, fui tomar umas cervejas na praia, comprei carnes e almoçamos no hostel mesmo. As carnes argentinas são todas fenomenais a um preço justo. Pensei em visitar uma pinguineira que seriam 360km ou seguir conhecer a península de valdes, que seriam 400km. No fim, desisti de tudo e fiquei parado ocioso mesmo. Bom jantar mexicano pra encerrar a noite.
Programacao e seguir para bahia blanca, caminho de Buenos aires










Dia 35 - 20 de fevereiro de 2016
672.7km rodados em 8 h. Dia longo! Já pela manha muito quente, o definitivo adeus ao frio patagônico. Estre trecho mais que todos muito entediante, com as mesmas retas eternas, paisagem idêntica e calor. Segui este dia com polo, e fizemos a primeira parada após uns 300 km. 2 retas, 2 curvas e 1 hora depois fizemos a segunda. A monotonia da muito sono. Neste dia contei uma das retas, que tinha 84km!
Chegando em Bahia blanca, me estabeleci em um hostel compartido, e polo aguardava por Angel Reyes que o hospedaria. Tomamos umas cervejas ali no hotel quando angel chegou e se juntou a nos. Gentilmente nos convidou também para um jantar com um ótimo mix de comidas espanholas ali perto mesmo, que estava muito bom. Encerramos a noite por ai
Programacao e seguir para Buenos aires.
Dia 36 - 21 de fevereiro de 2016
660.6 km em umas 9 horas. Pela manha no checkout encontro polo para seguir o trecho seguinte juntos também. O pneu que trocaria em Bahia blanca ainda estava viável, e como estaria acompanhado, decidimos tentar seguir a Buenos aires aproveitar o máximo e se necessário troca-lo no caminho. Seguimos viagem que novamente seria larga e quente, porem a paisagem mudou um pouco neste trecho, já ficando um pouco mais verde. Passamos por uns campos de plantação de girassóis que se sentia o cheiro de flor da estrada. Distraia um pouco mais o caminho, já que por causa do celular quebrado, não tenho nem musica mais.
Chegamos na região de Buenos aires, que já começou a ter transito desde os 60 km finais para entrar na cidade. Neste ponto fomos parados pela policia (primeira vez na argentina e segunda vez no total da viagem). Foi solicitado a tal carta verde (obrigatória para trafegar por aqui), os outros documentos e bafômetro. Tudo em ordem, seguimos viagem. Entrada demorada na cidade apesar de ser domingo. Já sem paciência usamos um pouco de nossas técnicas de motoboy pra acelerar a parte final. Chegamos ai na casa de juan, que havia convidado polo para ficar em sua casa e como estávamos juntos, extendeu o convite para mim. Ele e fotografo em Buenos aires, também adora moto e viagens. Deu umas dicas de fotografias, principalmente caminhos pra aprimorar. Paramos em um estacionamento ao lado e nos hospedamos ai quase pelas 21h. Neste momento teríamos que trocar o pneu da moto para eu seguir o dia seguinte e teria que ir atrás de passagem para cruzar o rio da plata. Desisti de seguir viagem o dia seguinte, e fico um dia a mais em Buenos Aires. Tomamos cervejas e comemos o jantar que Juan Martin Aguirre nos havia preparado, muito bom por sinal. Encerramos o outro longo dia por ai.
Dia 37 - 22 de fevereiro de 2016
Dia parado em Buenos Aires. Acordamos e fomos trocar o pneu que custou pelo menos 1 hora. Da muito trabalho. Polo tinha todas ferramentas que me faltavam além de experiência, já que viaja há mais de 1 ano desde o alasca e já precisou trocar muitas vezes. Na verdade ele praticamente trocou sozinho, sendo eu que fiquei ali junto passando calor e fazendo forca. Aprendi bem para próxima. O pneu estava quadrado e no limite, precisamente, além dele. Agora provavelmente chego tranquilo no Brasil pra comprar novos a um preço viável.
Em seguida, fui comprar a passagem garantir vaga no dia seguinte para cruzar o rio da prata, pois fazer a volta dirigindo, apesar de mais barato, me custaria 400 km e umas 5 h. Em seguida saímos pra encontrar um casal polonês amigos de polo que viajam há 2 anos também e encerrariam a viagem ali. Nos juntamos pra almoçar umas empanadas e tomar cerveja. Descanso pela tarde e saímos novamente para um ótimo jantar no restaurante chamado colorado, comendo ótimos e baratos bifes de chorizo com vinhos.
Programação dia seguinte e Seguir viagem a punta del diablo no Uruguai. Ainda indefinido, talvez seguir um pouco adiante e entrar no Brasil, mas com o barco chegando em colônia as 12:45 (O barco para colônia que já e caro, ate montevideo seria 3 vezes mais caro por economia de 180 km de estrada) e mais 500 km pela frente, acho que não vai ser viável seguir muito adiante.






Dia 38 - 23 de fevereiro de 2016
Desperto cedo um pouco indisposto por ter ido dormir por volta das 1:30. Arrumo tudo rapidamente e sigo para o terminal do buquebus. Depois das burocracias migratórias sigo por 3 horas pelo canal da plata para o Uruguai. Troco a cambio péssimo as ultimas notas que tenho de todos outros países. Não adianta, ter que voltar pra casa mesmo.
A viagem de moto começa por volta as 13h. A partir daqui, sem celular, sem mapa da região e sem gps. Mais do que nunca, vejo a caminho antes e decoro o que devo fazer, imagina so no que resulta isso. Sigo ate montevideo pegando so uma saída errada e voltando rápido. Dai cruzo a cidade bem perto da costa e sigo sentido a punta del leste. Confesso que tinha uma imagem muito pior de quando conheci a ultima vez montevideo. Muita coisa mais bonita saindo da parte extremamente turística da cidade.
Segui para punta del leste. Otima cidade, me pareceu muito legal para ficar um tempo. Não conheci o famoso ponto negativo de la, os preços. Na verdade passei por ela toda mas mal desci da moto, parece muito florianopolis. Outra cidade que tinha ma impressão mesmo sem conhece-la, pela fama de cara. Dai segui ainda pelo litoral com belas vistas ao longo do caminho. Em um certo trecho virou terra, já não me preocupo mais. Paisagens com muitas estancias, muito bonito. Parei pedir informação e acabei ficando uns 30 min conversando com o dono do lugar que estava tranquilamente tomando um mate na simples varanda. Ele impressionado com a moto ( que aqui e na argentina custa umas 3 vezes mais) e eu impressionado com a vida e a beleza de onde viviva. Depois de umas fotos, segui viagem. Cheguei no asfalto e começou a escurecer por volta das 19:30. Preciso me reacostumar com os horários. Cheguei ao anoitecer em punta del diablo, já muito perto da fronteira com o brasil. Cidade lembra muito Jeri, pipa e belas cidades como elas. Descobri que da pra surfar aqui e inclusive, a previsão de ondas ta boa pra amanha. Não sei se e como jeri, onde a boa previsão e bem leve ou se realmente tem onda. Me estabeleci em um hostel e vamos ver amanha se atraso mais um dia ou não. A ideia de ficar na praia, sempre e boa, mas talvez aproveite a manha e siga adiante. Sexta preciso estar em florianopolis sem falta no final de semana.
Programação indecisa, amanha decido